sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sistema nervoso

  
O sistema nervoso, que se liga à câmara encefálica através de processos indescritíveis na técnica da ciência humana, mais não é do que a representação de importante setor do organismo perispirítico.


  • O SNC recebe, analisa e integra informações. É o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens. 
  • O SNP carrega informações dos órgãos sensoriais para o sistema nervoso central e do sistema nervoso central para os órgãos efetores (músculos e glândulas).  

 
Sistema Nervoso
Divisão Partes Funções gerais
Sistema nervoso central (SNC)  
Encéfalo
e
Medula espinhal
Processamento e integração de informações
Sistema nervoso periférico (SNP)
Nervos
e
Gânglios
Condução de informações entre órgãos receptores de estímulos, o SNC e órgãos efetuadores (músculos, glândulas...)  
        O Sistema Nervoso Autônomo (SNA) é composto por duas porções distintas: Simpático e Parassimpático, cujas ações são antagônicas. Estas duas vertentes atuam normalmente em simultâneo sendo do equilíbrio entre a força de ação de cada uma delas (tônus) que nasce a extrema capacidade regulatória do SNA, essas ações estendem-se a diversos domínios biofisiológicos do nosso organismo, incluindo o débito sanguíneo pelos tecidos.
        O sistema nervoso autônomo divide-se em: 
  • sistema nervoso simpático 
  • e sistema nervoso parassimpático. 
        De modo geral, esses dois sistemas têm funções contrárias (antagônicas). Um corrige os excessos do outro. Por exemplo, se o sistema simpático acelera demasiadamente as batidas do coração, o sistema parassimpático entra em ação, diminuindo o ritmo cardíaco. Se o sistema simpático acelera o trabalho do estômago e dos intestinos, o parassimpático entra em ação para diminuir as contrações desses órgãos.
  • O SNP autônomo simpático, de modo geral, estimula ações que mobilizam energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse. Por exemplo, o sistema simpático é responsável pela aceleração dos batimentos cardíacos, pelo aumento da pressão arterial, da concentração de açúcar no sangue e pela ativação do metabolismo geral do corpo. O Simpático tem ação essencialmente vasoconstritora, mediante a libertação do neurotransmissor norepinefrina (vasocontritor) pelos seus botões terminais, ao contrário do Parassimpático.
  • Já o SNP autônomo parassimpático estimula principalmente atividades relaxantes, como as reduções do ritmo cardíaco e da pressão arterial, entre outras do Parassimpático que tem ação vasodilatadora mediante a libertação de acetilcolina.
        Sistema nervoso do grande simpático, nervo grande simpático, grande simpático ou simplesmente simpático, um dos dois sistemas nervosos regulares da vida vegetativa dos órgãos (o outro é o parassimpático).
  • A excitação do simpático acelera o coração, aumenta a tensão arterial, dilata os brônquios e retarda as contrações do tubo digestivo; 
  • o parassimpático tem ação inversa; do equilíbrio entre os dois sistemas resulta o funcionamento normal dos órgãos.
  • o sistema nervoso grande simpático, que é o agente das funções subconscientes, inconscientes e instintivas, como o batimento cardíaco, a respiração, a digestão, a excreção, etc
  • o sistema nervoso para-simpático ou vago, que atua sob o comando da mente, limitando as funções instintivas.
COORDENAÇÃO E REGULAÇÃO

        Os sistemas envolvidos na coordenação e na regulação das funções do corpo humano são os sistemas nervoso e sistema endócrino.
        O sistemas nervoso humano é o mais complexo entre os animais. Sua função básica é de receber informações sobre as variações externas e internas e produzir respostas a essas variações através dos músculos e glândulas. Desta forma ele contribui, juntamente com o sistema endócrino, para a homeostase do organismo. Além do mais, o sistemas nervoso humano possui as chamadas funções superiores que inclui: a memória, que corresponde à capacidade de armazenar informações e depois resgatá-las, o aprendizado, o intelecto, o pensamento e a personalidade.
        As mensagens nervosas podem ser grosseiramente comparadas com correntes elétricas que caminham por células especiais: os_neurônios. Essas mensagens são os impulsos nervosos. Os neurônios contam com duas propriedades fundamentais para as funções que exercem: 
  • a excitabilidade (capacidade de reagir aos estímulos) 
  • e a condutibilidade (uma vez alterados pelos estímulos, os neurônios transmitem essa alteração por toda sua extensão, em grande velocidade). O tempo decorrido entre um estímulo e a resposta que ele promove é sempre muito pequeno.
        As mensagens transmitidas pelo sistema endócrino têm natureza química – os hormônios. Estes são substâncias que se distribuem pelo sangue e modificam o funcionamento de outros órgãos, denominados órgãos-alvo. A atuação do sistema endócrino é mais lenta, pois há latência entre a recepção do estímulo, a liberação do hormônio, sua chegada ao órgão-alvo e a execução da resposta que ele provoca. Entretanto, esse sistema tem uma vantagem em relação ao nervoso: seu consumo de energia é muito menor. Pequena quantidade de um hormônio pode desencadear uma ação intensa e duradoura sobre as células de um órgão ou mesmo do corpo todo.
        O sistemas nervoso pode tanto desencadear como interromper uma ação; já o sistema endócrino só pode iniciar uma ação. Depois que um hormônio é liberado na corrente sangüínea, não há como apressar sua remoção; ele continua agindo enquanto estiver circulando.

SISTEMA NERVOSO
SISTEMA ENDÓCRINO
Natureza da mensagem
eletroquímica
química
Velocidade
alta
baixa
Gasto de energia
alto
baixo
Via de distribuição
neurônios
sangue
Células excitadas
em geral, poucas
muitas simultaneamente
   
Origem do sistema nervoso

        O sistema nervoso origina-se da ectoderme_embrionária e se localiza na região dorsal. Durante o desenvolvimento embrionário, a ectoderme sofre uma invaginação, dando origem à goteira neural, que se fecha, formando o tubo neural. Este possui uma cavidade interna cheia de líquido, o canal neural.
        Em sua região anterior, o tubo neural sofre dilatação, dando origem ao encéfalo primitivo. Em sua região posterior, o tubo neural dá origem à medula espinhal. O canal neural persiste nos adultos, correspondendo aos ventrículos cerebrais, no interior do encéfalo, e ao canal do epêndimo, no interior da medula.
        Durante o desenvolvimento embrionário, verifica-se que a partir da vesícula única que constitui o encéfalo primitivo, são formadas três outras vesículas: 
  • a primeira, denominada prosencéfalo (encéfalo anterior); 
  • a segunda, mesencéfalo (encéfalo médio) 
  • e a terceira, rombencéfalo (encéfalo posterior).
        O prosencéfalo e o rombencéfalo sofrem estrangulamento, dando origem, cada um deles, a duas outras vesículas. O mesencéfalo não se divide. Desse modo, o encéfalo do embrião é constituído por cinco vesículas em linha reta. O prosencéfalo divide-se em telencéfalo (hemisférios cerebrais) e diencéfalo (tálamo e hipotálamo); o mesencéfalo não sofre divisão e o rombencéfalo divide-se em metencéfalo (ponte e cerebelo) e mielencéfalo (bulbo). 
        As divisões do S.N.C se definem já na sexta semana de vida fetal.  

Principais etapas da Morfogênese
1- Prosencéfalo
2- Mesencéfalo
3- Rombencéfalo
4- Futura medula espinhal
5- Diencéfalo
6- Telencéfalo
7- Mielencéfalo, futuro bulbo
8- Medula espinhal
9- Hemisfério cerebral
10- Lóbulo olfatório
11- Nervo óptico
12- Cerebelo
13- Metencéfalo

Sistema Muscular

Em nosso corpo humano existe uma enorme variedades de músculos, dos mais variados tamanhos e formato, onde cada um tem a sua disposição conforme o seu local de origem e de inserção.
Temos aproximadamente 212 músculos, sendo 112 na região frontal e 100 na região dorsal. Cada músculo possui o seu nervo motor, o qual divide-se em muitos ramos para poder controlar todas as células do músculo. Onde as divisões destes ramos terminam em um mecanismo conhecido como placa motora.
O sistema muscular é capaz de efetuar imensa variedade de movimento, onde toda essas contrações musculares são controladas e coordenadas pelo cerebro.
Além disso não podemos esquecer de salientar da importância dos músculos na postura e nas dores, pois sabemos que muitas lombalgia ou cervicalgia são provocadas por encurtamento de músculos, sendo necessário com isso que os mesmos estejam em uma posição mínima de comprimento.
Um fato importante é com relação ao encurtamento dos músculo da cadeia posterior e fraqueza dos músculos da cadeia anterior que pode provocar muitas vezes dores e posicionamento inadequado do indivíduo, sendo com isso necessário termos um equilibrio com relação aos músculos.
As patologias mais comuns desse desiquilibrio são: as lombalgias, cervicalgia, dores no nervo ciático, pubeite, lateralização da patela, entorse de tornozelo, tendinites e outras patologias.

Os músculos são os órgãos ativos do movimento. São eles dotados da capacidade de contrair-se e de relaxar-se, e, em conseqüência, transmitem os seus movimentos aos ossos sobre os quais se inserem, os quais formam o sistema passivo do aparelho locomotor. O movimento de todo o corpo humano ou de algumas das suas partes - cabeça, pescoço, tronco, extremidades deve-se aos músculos. De músculos estão, ainda, dotados os Órgãos que podem produzir certos movimentos (coração, estômago, intestino, bexiga etc.).
A musculatura toda do corpo humano pode, portanto, dividir-se em duas categorias:
1) Os músculos esqueléticos, que se ligam ao esqueleto; estes músculos se inserem sobre os ossos e sobre as cartilagens e contribuem, com a pele e o esqueleto, para formar o invólucro exterior do corpo. Constituem aquilo que vulgarmente se chama a "carne" e são comandados pela vontade.
2) Os músculos viscerais, que entram na constituição dos órgãos profundos, ou vísceras, para assegurar-lhes determinados movimentos. Estes músculos têm estrutura "lisa" e funcionam independentemente da nossa vontade.
Uma categoria à parte é constituída pelos músculos cutâneos, os quais se inserem na pele, pelo menos por uma das suas, extremidades. No homem, esses músculos são pouco desenvolvidos e são encontrados, na sua maior parte, na cabeça e no pescoço (músculos mímicos), mas são desenvolvidíssimos nos animais.
   
As células musculares, chamadas fibras, têm a capacidade de mover-se. O movimento, uma das propriedades mais surpreendentes da matéria vivente, não é patrimônio exclusivo do músculo. No século XVII, observou-se através de um microscópio o movimento de células espermáticas. Existe uma grande variedade de células capazes de mover-se, como, por exemplo: os glóbulos brancos que viajam pelo sangue até os tecidos onde vão atuar, o movimento dos cílios (pelos) na superfície de algumas células como no Sistema Respiratório. Nestes casos, o movimento é função secundária das células.
Com o termo "músculo" nos referimos a um conjunto de células musculares organizadas, unidas por tecido conectivo. Cada célula muscular se denomina fibra muscular. No corpo humano há três tipos de músculos:
Estriado, voluntário ou esquelético.
Liso, involuntário.
Cardíaco.

Músculo esquelético estriado ou voluntário

As células do músculo esquelético são cilíndricas, filiformes. Uma fibra muscular ordinária mede aproximadamente 2,5 cm de comprimento e sua largura é menor de um décimo de milímetro. As fibras musculares se agrupam em feixes. Cada músculo se compõe de muitos feixes de fibras musculares.
É avermelhado, de contração brusca, e seus movimentos dependem da vontade dos indivíduos. Constitui o tecido mais abundante do organismo e representa de 40 a 45% do peso corporal total.
A carne que reveste os ossos é tecido muscular. Esses se encontram unidos aos ossos do corpo e sua contração é que origina os movimentos das distintas partes do esqueleto, e também participa em outras atividades como a eliminação da urina e das fezes. A atividade do músculo esquelético está sob o controle do sistema nervoso central e os movimentos que produz se relacionam principalmente com interações entre o organismo e o meio externo.
Chama-se de estriado porque suas células aparecem estriadas ou raiadas ao microscópio, igual ao músculo cardíaco. Cada fibra muscular se comporta como uma unidade. Um músculo esquelético tem tantas unidades quanto fibras. Por isso se define como multiunitário. O movimento é feito por contração da fibra muscular.

Músculo liso ou involuntário

As células do músculo liso são sempre fusiformes e alargadas. Seu tamanho varia muito, dependendo de sua origem. As células menores se encontram nas arteríolas e as de maior tamanho no útero grávido. Suas fibras não apresentam estriações e por isso são chamados de liso. Tendem a ser de cor pálida, sua contração é lenta e sustentada, e não estão sujeitos à vontade da pessoa; de onde deriva seu nome de involuntário.
Esse músculo reveste ou forma parte das paredes de órgãos ocos tais como a traquéia, o estômago, o trato intestinal, a bexiga, o útero e os vasos sangüíneos. Como um exemplo de sua função, podemos dizer que os músculos lisos comprimem o conteúdo dessas cavidades, intervindo desta maneira em processos tais como a regulação da pressão arterial, a digestão etc.
Além desses conjuntos organizados, também se encontram células de músculo liso no músculo eretor do pêlo, músculos intrínsecos do olho etc. A regulação de sua atividade é realizada pelo sistema nervoso autônomo e hormônios circulantes. As fibras do músculo liso são menores e mais delicadas do que as do músculo esquelético. Não se inserem no osso, mas atuam como paredes de órgãos ocos.
Em volta dos tubos, em geral, há duas capas, uma interna circular e uma externa longitudinal. A musculatura circular constringe o tubo; a longitudinal encurta o tubo e tende a ampliar a luz. No tubo digestivo, o esforço conjunto da musculatura circular e da longitudinal impulsiona o conteúdo do tubo produzindo ondas de constrição chamadas movimentos peristálticos.

Há dois tipos de músculo liso:

Multi-unitário: cada fibra se comporta como uma unidade independente, comportamento semelhante ao músculo esquelético. Ex: músculo eretor do pêlo, músculos intrínsecos do olho etc. Não se contraem espontaneamente. A estimulação nervosa autônoma é que desencadeia sua contração.
Unitários simples: as células se comportam de modo semelhante ao músculo cardíaco, como se fossem uma estrutura única. O impulso se transmite de célula a célula. Pode-se dizer que o músculo, em sua totalidade, funciona como uma unidade. Ex: músculo intestinal, do útero, ureter etc.

Músculo cardíaco ou miocárdio

Forma as paredes do coração, não está sujeito ao controle da vontade, tem aspecto estriado.
Suas fibras se dispõem juntas para formar uma rede contínua e ramificada. Portanto, o miocárdio pode contrair-se em massa.
O coração responde a um estímulo do tipo " tudo ou nada", daí que se classifique como unitário simples. O músculo cardíaco se contrai ritmicamente 60 a 80 vezes por minuto.

Unidade motora ou unidade funcional

Cada músculo tem um nervo motor (grupo de fibras nervosas) que entra nele.
Cada fibra nervosa se divide em ramas terminais, chegando cada rama a uma fibra muscular.
Em conseqüência, a unidade motora esta formada por um só neurônio e o grupo de células musculares que este inerva.
O músculo possui muitas unidades motoras. Responde de forma graduada dependendo do número de unidades motoras que se ativem.

Contração muscular

A maquinaria contrátil da fibra muscular está formada por cadeias protéicas que se deslizam para encurtar a fibra muscular. Entre elas há a miosina e a actina, que constituem os filamentos grossos e finos, respectivamente. Quando um impulso chega através de uma fibra nervosa, o músculo se contrai.
Quando uma fibra muscular se contrai, se encurta e alarga. Seu comprimento diminui a 2/3 ou à metade. Deduz-se que a amplitude do movimento depende do comprimento das fibras musculares. O período de recuperação do músculo esquelético é tão curto que o músculo pode responder a um segundo estímulo quando ainda perdura a contração correspondente ao primeiro. A superposição provoca um efeito de esgotamento superior ao normal.
Depois da contração, o músculo se recupera, consome oxigênio e elimina bióxido de carbono e calor em proporção superior à registrada durante o repouso, determinando o período de recuperação.
O fato de que consome oxigênio e libera bióxido de carbono sugere que a contração é um processo de oxidação mas, aparentemente, não é essencial, já que o músculo pode se contrair na ausência de oxigênio, como em períodos de ação violenta; mas, nesses casos, se cansa mais rápido e podem aparecer cãibras.
   

Fonte:

O Corpo Humano


Referências Bibliográficas :
KENDALL, F.P. e CREARY, E.K. Força Muscular em Relação à Postura. In: Músculos, provas e funções, 4. ed., SP. Ed. Manole, 1995.
KENDALL, F.P. e CREARY, E.K. Movimentos das Articulações. In: Músculos, provas e funções, 3. ed., SP. Ed. Manole, 1987.
KISNER, C., CAROLYN, L.A. A coluna. In: Exercícios Terapêuticos, 2a ed., SP, Ed. Manole. 1992.
KISNER, C., CAROLYN, L.A. O cotovelo e complexo do antebraço. In: Exercícios Terapêuticos, 2a ed., SP, Ed. Manole. 1992.

Fisiologia Humana. Philippe Meyer. · Anatomia. Basmajian. 7ª Edição.
Tratados de Fisiologia Médica. Guyton - Hall. 9ª Edição.
Fisiologia Humana. Cingolani - Houssay. Tomo II.
Imagens e animações: Mosby Dicionário de Medicina, Enfermeria e Ciências da Saúde. 5ª Edição 2000. Espanha.

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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

DOENCAS DA INFANCIA III ( COQUELUCHE )

bactéria Bordetella pertussis.
A doença inicia-se com leves sintomas que surgem de 07 a 14 dias após o contágio. Estes sintomas podem confundir-se com uma gripe são: febre baixa, coriza, mal estar e uma tosse seca. Com o passar do tempo a tosse vai ficando mais intensa e repetitiva seguida de período de calma. Quando a tosse está muito intensa o doente chega a sentir falta de ar, ficando com o rosto vermelho e até mesmo azulado. A tosse é seguida por um som de guincho específico e vômitos. Isto dura cerca de duas semanas até ir diminuindo gradativamente. A doença é transmitida por contato direto com secreção de indivíduo doente como gotas de saliva lançadas ao ar ou por objetos contaminados.
É uma doença que tem risco para criança abaixo de 06 meses de vida pois podem apresentar complicações tais como: convulsões, alterações neurológicas, desidratação e etc.
A doença dura aproximadamente 30 dias.
A prevenção contra a coqueluche é através da vacina Tríplice que deverá ser administrada em crianças de dois meses até quatro anos e onze meses.

DOENÇAS DA INFANCIA II

Caxumba


A caxumba também chamada de papeira ou parotidite é uma infecção viral (Vírus da família Paramyxoviridae, gênero paramyxovirus) das glândulas salivares (geralmente a parótida), sublinguais ou submandibulares, todas próximas aos ouvidos.
Os sintomas costumam surgir de 12 a 25 dias após o contágio. As glândulas ficam inchadas, podendo-se perceber pelo pescoço logo abaixo da orelha, e doloridas. Também causa dor de cabeça, dores musculares, fraqueza, febre, calafrios e dor ao mastigar ou engolir. Nos casos masculinos pode ocorrer orquite, isto é inflamação do testículo e em casos femininos, a ooforite, isto é, inflamação dos ovários. Em alguns casos podem ocorrer meningite, as seqüelas podem ser diminuição da capacidade auditiva e4 esterilidade.
A caxumba é transmitida através do contato direto com secreções (saliva ou espirro) da pessoa infectada.
O indivíduo infectado não deve exercer atividades escolares e nem trabalhar pelo período de 09 dias após o início da doença. Ocorre usualmente sob a forma de surtos, que acometem mais as crianças sendo mais severa nos adultos, é uma doença que ocorre mais no período do inverno e primavera.
A caxumba não tem tratamento, o próprio organismo se encarrega de resolver a infecção. O tratamento é para aliviar os sintomas com o uso de analgésicos e repouso.
A prevenção para não pegar caxumba é a vacina ‘tríplice viral’, que deve ser administrada aos 15 meses de idade.

Catapora ou Varicela






A catapora (ou varicela) é uma doença muito contagiosa causada por um vírus chamado Varicela Zoster. Essa doença é uma das mais comuns na infância, principalmente porque só se pega catapora uma vez.
A principal característica desta doença é deixar o corpo coberto de pintinhas vermelhas, essas pintinhas começam no tronco da criança, espalhando-se rapidamente para o rosto, braços e pernas podendo se espalhar para dentro da boca, do nariz, das orelhas e de outros orifícios do corpo da criança. Depois de um tempo as pintinhas vermelhas se transformam em pequenas bolhas de água que, quando começam a cicatrizar de 4 a 5 dias, formam ‘casquinhas’ e caem. Quando estas pequenas feridas são coçadas infeccionam e deixam na pele cicatrizes permanentes, isto é, não somem jamais. Além disso, a criança tem febre alta, bastante coceira na pele, cansaço, cefaléia e perda de apetite.


Uma criança pode pegar catapora se estiver no mesmo local que outra criança infectada. Isso é porque o vírus está presente na saliva. Quando a criança infectada tosse e espirra joga no ar minúsculas bolhas de saliva da nossa boca. Quando uma criança saudável inspira, o ar vem contaminado para dentro do corpo e, então, se contrai a doença. Pode-se contrair a doença através do contato direto com a criança infectada, geralmente através da secreção das bolhas. Uma criança com catapora pode espalhar a doença para outras 1 a 2 dias antes do surgimento da erupção, ou até que todas as bolhas tenham secado, possivelmente depois de 10 dias.

Não existe um remédio específico para tratar a catapora. O que se deve fazer é repousar, ingerir bastante líquido e principalmente, evitar coçar as feridas para não infeccionar.
A recuperação dura de 7 a 10 dias. A catapora pode ser prevenida com a vacina ‘Varicela’.


 
 
 
 
 

CORRENTE INTERFERENCIAL



A terapia interferencial é um aspecto da eletroterapia amplamente utilizado, mas ainda pouco compreendido.

Podemos descrever a terapia como a aplicação transcutânea de correntes elétricas alternadas de média freqüência, com sua amplitude modulada a baixa freqüência, para finalidades terapêuticas.

E também é uma forma de estimulação nervosa elétrica transcutânea e é considerada como um meio de aplicação de uma corrente de baixa freqüência, dentro da chamada faixa terapêutica.
As correntes de média freqüência, associadas a uma resistência relativamente baixa da pele, sejam mais confortáveis que as correntes de baixa freqüência; assim utilizando uma média freqüência, é possível uma penetração mais tolerável da corrente através da pele.


MODULAÇÃO DA AMPLITUDE

A modulação da amplitude é uma expressão utilizada na descrição da transmissão de um sinal contendo informação, mediante a variação da amplitude de uma onda transportadora. Ao variar a amplitude da onda de freqüência mais elevada a intervalos regulares, é criada a menor freqüência.

Na terapia interferencial, o processo da modulação da amplitude é concretizada mediante a mescla de duas correntes de média freqüência fora de fase (defasada).

As correntes individuais interferem uma com a outra ao se encontrarem, e compõem uma nova forma de onda. Em decorrência da interferência das ondas, as amplitudes das correntes se somam algebricamente.

Portanto, no seu nível mais simplificado, a corrente interferencial pode ser considerada como consistindo de uma corrente de freqüência média que tem sua amplitude modulada a baixa freqüência.


DISTRIBUIÇÃO DA CORRENTE

O método tradicional de aplicação da terapia interferencial lança mão de quatro eletrodos, para atender a dois circuitos. Os circuitos são dispostos perpendicularmente entre si, de modo a fazer intersecção na área a ser estimulada. De-Domenico descreveu como a corrente de amplitude modulada está contida principalmente num padrão em forma de flor, entre os grupos de eletrodos.

Treffene concluiu que um campo interferencial se estabelecia em todas as áreas do meio – inclusive nos eletrodos – e não exclusivamente no interior da área originalmente descrita. Todas as teorias atuais baseiam-se num meio homogêneo.


FREQUÊNCIA DE MODULAÇÃO DA AMPLITUDE (FMA)

Os estimuladores interferenciais usam duas correntes de média freqüência, uma na freqüência fixa de 4000 Hz, e outra ajustável, entre 4000 e 4250Hz. A inclusão da freqüência ajustável permite a seleção de uma faixa de baixas freqüências moduladas pela amplitude – a corrente de média freqüência irá mudar concomitantemente.


MODULAÇAO DA FREQUÊNCIA/FREQUÊNCIA DE VARREDURA

A freqüência de modulação da amplitude pode, ela própria, ser modulada pela freqüência. Podemos fazer com que FMA alterne ao longo de uma faixa estabelecida pela manipulação do controle de freqüência de varredura.

Os aparelhos interferenciais variam quanto à freqüência de varredura disponível ao terapeuta.


INTENSIDADE

A intensidade da corrente pode ser ajustada no aparelho. À media que a intensidade aumenta, o paciente sentirá uma sensação de formigamento. Com uma intensidade maior, ocorrerá uma contração muscular. Se a corrente for aplicada a uma intensidade suficientemente elevada, o paciente poderá sentir desconforto, ou dor.

Embora seja impossível “receitar” as intensidades que irão produzir efeitos terapêuticos nos indivíduos, pesquisas efetuadas em indivíduos normais sugeriram que é provável que os efeitos sensitivos originem-se entre 4 e 10 mA, e as respostas motoras entre 8 e 15 mA (Martin e Palmer, 1995a). contudo, estes valores provavelmente irão variar para a área do corpo sob tratamento, e para cada indivíduo tratado. Além disto, é impossível a identificação de valores terapêuticos “ideais”, pois eles podem variar segundo a resposta do paciente e a filosofia do terapeuta.


VETOR ROTACIONAL

Um dispositivo de vetor rotacional é montado em alguns aparelhos, com o objetivo de variar as potências das correntes, relativamente entre si. Com isto, o padrão de interferência irá girar, assegurando que uma ampla área poderá ser coberta pela corrente interferencial. Assim, o tratamento não fica restringido em sua distribuição apenas às regiões previamente descritas.


ELETRODOS

A corrente pode ser aplicada através de eletrodos flexíveis fixados por fita adesiva ou ligados à pele, ou por eletrodos a vácuo constituem um modo útil de aplicação da corrente interferencial a áreas relativamente inacessíveis aos eletrodos flexíveis.

A terapia interferencial é comumente aplicada por meio de quatro eletrodos; contudo, é também possível o uso de dois eletrodos. A modulação da amplitude ocorre no interior do equipamento, antes da aplicação aos tecidos.


INDICAÇÃO PARA USO

Alívio da dor, promoção da cicatrização, reparo nos tecidos e a produção de contrações musculares.


DOR

As declarações acerca do alívio da dor têm suas origens partilhadas com o uso de TENS. Alguns autores afirmam que os componentes de baixa freqüência da corrente interferencial, isto é, as freqüências pulsantes, provocam estimulação nervosa. O que a freqüência pulsante pode fazer é influenciar a velocidade de disparo do nervo.

Recapitulando, a corrente interferencial consiste basicamente de uma corrente de média freqüência, de aproximadamente 4000 Hz.

De-Domenico (1982) alegou que a corrente interferencial poderia aliviar a dor mediante a produção de um bloqueio periférico da atividade nas fibras nervosas portadoras de impulsos nocivos.

Este propalado mecanismo depende ainda de confirmação para a corrente interferencial, por meio de evidências apropriadas.

A despeito da popularidade da terapia interferencial na prática clínica, e da propalada eficácia clínica, é escassa a evidência publicada do efeito de alívio da dor causado por esta modalidade.


REPARO DOS TECIDOS

Devido ao componente de baixa freqüência (em decorrência da modulação da amplitude), afirma-se que a corrente interferencial, com relação ao processo de reparo, oferece benefícios terapêuticos similares aos obtidos pela estimulação elétrica de baixa freqüência.


ESTIMULAÇÃO MUSCULAR

A corrente interferencial também tem sido utilizada como técnica de estimulação muscular (DeDomenico, 1986). Embora, a corrente interferencial seja freqüentemente citada como sendo mais confortável que as outras formas de onda para a estimulação muscular, um estudo realizado sugeriu que uma onda quadrada bifásica e simétrica era mais confortável que a corrente interferencial ou uma forma de onda em pico, pareada e monofásica.


ORIENTAÇÕES TERAPÊUTICAS

Um problema na terapia interferencial, comum a todas as formas de eletroterapia, é a determinação das regulagens de controle apropriadas a ser utilizada nos equipamentos.


ALÍVIO DA DOR

Desde uma perspectiva fisiológica, é logicamente mais justificável citar a freqüência média (aproximadamente 4000 Hz) como sendo da maior importância. Contudo, foi sugerido a freqüência pulsante como fator com influência no conforto do paciente. Pode ser promovido o melhor uso do tratamento, com a seleção da freqüência pulsante mais confortável para o paciente. As freqüências pulsantes mais elevadas (>50 Hz) são consideradas como sendo as mais confortáveis.

O aumento da intensidade a intervalos regulares é provavelmente o meio mais efetivo de impedir a adaptação ao estímulo.

A escolha de quatro eletrodos, ou dois eletrodos é também um tópico ainda em debate. Em termos práticos, provavelmente é mais fácil usar dois eletrodos, embora este seja um tópico que depende da preferência pessoal.


CICATRIZAÇÃO / REPARO

Afirma-se que as correntes interferenciais exercem efeitos sobre a cicatrização. A ativação de fibras AB pode ser utilizada na modulação da atividade do sistema nervoso autônomo, com a possibilidade de influenciar o processo de cicatrização/reparo (aplicam as recomendações concernentes à estimulação do nervo para o alívio da dor).

Afirma-se também que a corrente interferencial tem um efeito direto sobre as células. Neste caso, a freqüência pulsante pode ter validade na produção dos efeitos específicos das baixas freqüências.

É difícil fornecer orientações proveitosas para a seleção da intensidade e da FMA para a obtenção de efeitos celulares diretos, em decorrência da carência de pesquisa de base.



ESTIMULAÇÃO MUSCULAR

Para a reeducação do músculo, parece ser apropriado o uso das regulagens mais confortáveis para o paciente.



CONCLUSÃO

Com base nas evidências disponíveis, pode-se argumentar que a terapia circunferencial é um proveitoso modo de estimulação das fibras AB para obter o alívio da dor, e também um meio de estimulação muscular a níveis relativamente confortáveis. Contudo, o equipamento é caro e volumoso, e não foi demonstrado ser melhor que modalidades mais baratas e menos complicadas, como a TENS ou os estimuladores musculares portáteis. Assim, atualmente a terapia interferencial deve ser considerada como supérflua. Com relação à sua eficácia em termos da promoção da cicatrização/reparo dos tecidos, a pesquisa ainda se encontra muito defasada com relação às outras modalidades (p.ex.,ultra-som). Se pesquisas futuras trouxerem evidências em apoio à modalidade, então a terapia interferencial poderá servir como um instrumento terapêutico extremamente versátil, capaz de estimular nervos e promover efeitos celulares até níveis teciduais relativamente profundos.